terça-feira, 14 de setembro de 2010

Destino

Acabou Chorare

Os Novos Baianos

Composição: Galvão - Moraes Moreira

"Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo

Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão

Abelha, abelhinha...

Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim

Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel

Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum"

domingo, 30 de maio de 2010




Oricuri (O Segredo do Sertanejo)

João do Vale

Composição: João do Vale/José Cândido


"Oricuri madurou ô é sinal

Que arapuá já fez mel
Catingueira fulôro lá no sertão
Vai cair chuva granel

Arapuá esperando
Oricuri "maduricer"
Catingueira fulôrando sertanejo
Esperando chover

Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo doutor
E antecipa o que vai acontecer

Catingueira fulora vai chover
Andorinha voou vai ter verão
Gavião se cantar é estiada
Vai haver boa safra no sertão

Se o galo cantar fora de hora
É mulher dando fora pode crer
A cauã se cantar perto de casa
É agoro é alguém que vai morrer

São segredos que o sertanejo sabe
E não teve o prazer de aprender ler

Oricuri madurou ô é sinal
Que arapuá já fez mel"

O sertão é aonde está a dureza do Brasil.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Salvação da alma

Desde que nos conhecemos, a necessidade de te-la perto de mim era cada vez maior.
Ficava com uma visão de aurifrísio para nunca perda-la de vista. Tentava de qualquer maneira um "trejeito" prosear com versos.
Mas o que sai era derradeiras canções.
Nem sei o porque, mas aquilo me deleitava em lagrimas de felicidade.

Decidi o que era justo. Conquista-la!
Fui ao teu encontro, terreno argiloso Dificil de se cultivar.
Com as canções deixa-a de lagrimas,
Que ela me dissesse que deixaste na argila.
Com a poesia fiz dela mulher.
Com a prosa mostrei meu amor,
Que ela me dissesse que não se lembrava mais.
Mostrei o que eu não sabia,
dividi o doce, com amargo
o escuro, da luz
meu defeito e desafeto.
Meu ser ou não ser.

Usei o queijo e o vinho,
O violão de João.
A poesia de Drummond.
Uma colherada de Bem-que-se-quis,
E uma trova de papel.

Nem sei o que dei certo.
Não sei se o amargo com doce
A luz com o escuro,
meu desafeto defeito.
O que sei mesmo é que hoje,
Alem do queijo e vinho, do violão de João
Da poesia de drummond
Da colherada do Bem-te-vi

Trago comigo a felicidade, de te-la ao meu lado
Como a Luz do meu escuro,
Sendo o João do violão
Versando a poesia de Drummond
Batendo-me como Bem-que-se-quis.
Sendo meu afeto perfeito.

Tornado real o que pode-se considerar surreal.
Fazendo da argila arte.
E numa trova de papeis
Declaro:
Marido e Mulher.


"Trata-se aqui de uma história real em que se encontra em pleno carnaval."